Dados do Trabalho


Título

Manejo de via aérea difícil em criança com Síndrome de Treacher Collins: relato de caso

Descrição do caso

A Síndrome de Treacher Collins é uma patologia altamente complexa e rara, podendo apresentar grande variação de formas clínicas. Apresenta-se, usualmente, com hipoplasia malar e mandibular. Tal condição representa previsão de dificuldade para o ato anestésico de intubação, tornando importante e necessária uma minuciosa avaliação pré-operatória e cuidado intensivo no perioperatório. Por essas condições, a anestesia geral costuma ser realizada através da indução de anestésicos inalatórios, uma vez que as crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos são não cooperativas, além de haver dificuldade de se obter acesso venoso. Assim, tem-se como objetivo relatar um caso de via aérea com expectativa de intubação difícil em paciente diagnosticado com Síndrome de Treacher Collins. Foi relatado um caso cuja singularidade reside na aplicação e no manejo anestésico diferente do que se tem feito em outros centros médicos ao abordar pacientes com previsão de via aérea difícil. Ao invés de se utilizar máscara laríngea (LMA) ou a intubação com laringoscópio óptico, procedeu-se a indução inalatória, sedação sem abolir respiração espontânea, visualização das estruturas para introdução do tubo endotraqueal (Cormack 3), acesso venoso, intubação orotraqueal e, posteriormente, indução anestésica e bloqueio neuromuscular. Julgamos importante divulgar tal relato para mostrar alternativas quando não existe fibroscopia. Conclui-se que a intubação sem máscara laríngea ou fibroscópio em casos de paciente com síndrome craniofacial pode ocorrer sem intercorrências com a estratégia de não se abolir a respiração do paciente, porém com leve sedação, devido à não cooperação e dificuldade de se obter acesso venoso em pacientes pediátricos.

Área

Insuficiência respiratória e ventilação mecânica

Autores

Karoline Sampaio Castôr, Tatianne de Sousa Alves, Jonas Sampaio Castôr, Vinicius Freire Pereira