Dados do Trabalho


Título

Gatsos com antimicrobianos em pacientes internados em unidades de terapia intensiva: Um estudo da plataforma IMPACTO-MR

Objetivo

Avaliar o gasto com o uso de antimicrobianos em pacientes internados em 10 UTIs brasileiras com atendimento exclusivo a pacientes do SUS.

Métodos

Foi realizado um estudo de coorte prospectiva em 10 UTIs participantes da plataforma IMPACTO-MR de outubro de 2019 a dezembro de 2021. Os custos foram ajustados de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA) até dezembro de 2022. Nós coletamos dados de custos com mão de obra, depreciação, insumos, gasoterapia, materiais, medicamentos, procedimentos e exames. Nós calculamos o gasto total com uso de antimicrobianos, o gasto médio e a porcentagem do custo total e do custo com medicamentos utilizado com antimicrobianos.

Resultados

De 9688 pacientes internados no período, 6387 (65,9%) usou antimicrobianos durante a internação. O gasto com antibióticos totalizou R$ 2,344 milhões, o que representou 9,2% do gasto total da UTI com medicamentos (R$ 25.425 milhões) e 1,2% do gasto total das UTIs (R$ 194,186 milhões). O gasto médio foi de R$ 366, R$ 266 e R$ 326 por paciente em internações clínicas, cirúrgicas eletivas e cirúrgicas de urgência, respectivamente. Internações por infecção/sepse, cirurgias abdominais e oncológicas foram responsáveis pelos maiores gastos com antimicrobianos. Os medicamentos que mais contribuíram com o gasto total foram meropenem (40,6%), piperacilina-tazobactam (27,0%) e anidulafungina (8,3%).

Conclusão

Aproximadamente dois terços dos pacientes internados em UTI usou antimicrobianos. O gasto com antimicrobianos representou 9% do gasto total com medicamentos. Meropenem, piperacilina-tazobactam e anidulafungina foram responsáveis por mais de 75% do gasto total com antimicrobianos.

Área

Sepse

Autores

Isabella Lott Bezerra, Antonio Paulo Nassar Jr, Flavia Mori Sarti, Wadson dos Santos Bezerra, Daniel Tavares Malheiro, Adriano José Pereira