Dados do Trabalho


Título

A Assistência Ventilatória Adaptativa (AVA) influencia a função diafragmática e o tempo de retirada da ventilação mecânica? Um estudo de coorte prospectivo

Objetivo

Avaliar se o modo Assistência Ventilatória Adaptativa (AVA) influencia a função diafragmática e o tempo de retirada da ventilação mecânica em pacientes invasivamente ventilados.

Métodos

Coorte prospectiva incluindo dois grupos de pacientes críticos pareados por idade, sexo e gravidade, que foram estudados conforme a estratégia ventilatória: AVA (n = 26) e estratégia convencional (n = 26). A estratégia ventilatória convencional consistiu no uso dos modos pressão controlada e pressão de suporte. A função respiratória e diafragmática foi avaliada por meio das seguintes medidas: (1) índice de respiração rápida e superficial (IRRS), (2) índice de assincronia, (3) pressão inspiratória máxima (PImáx), e (4) fração de espessamento diafragmático (DTF). Outros desfechos incluíram tempo de desmame e tempo total de ventilação mecânica.

Resultados

Comparado ao grupo estratégia convencional, o grupo AVA apresentou menor IRRS (106 ± 19 rpm/L vs. 90 ± 13 rpm/L; P = 0,001), melhor PImáx (-19 ± 9 cmH2O vs. -25 ± 12 cmH2O; P = 0,021) e maior DTF (15 ± 4% vs. 25 ± 6%; P < 0,001), sem diferença na ocorrência de assincronias graves (P > 0,05). Ademais, a ventilação com AVA resultou em menor tempo de desmame (19 ± 8 horas vs. 9 ± 4 horas; P < 0,001) e ventilação mecânica (69 ± 16 horas vs. 55 ± 12 horas; P = 0,003).

Conclusão

Nossos achados sugerem que, em comparação com a estratégia de ventilação convencional, o modo AVA atenua a disfunção diafragmática e acelera a retirada da ventilação mecânica em pacientes críticos invasivamente ventilados.

Área

Insuficiência respiratória e ventilação mecânica

Autores

Marta Cristina Pauleti Damasceno, Fábia Leme Silva, Alessandro Domingues Heubel, Neymar Elias Oliveira