Dados do Trabalho

Título

VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA EM PEDIATRIA - ASPECTOS PRÁTICOS E EXPERIÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO BRASIL: SURVEY NACIONAL – ANÁLISE PRELIMINAR.

Objetivo

Avaliar as experiências e desafios enfrentados por profissionais de saúde no uso da Ventilação não invasiva (VNI) em pediatria no Brasil.

Métodos

Estudo descritivo e transversal, conduzido por pesquisadores do RespLab da Universidade Federal do Ceará (UFC), através de um questionário eletrônico em agosto de 2024, com profissionais de saúde atuantes na pediatria brasileira. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFC.

Resultados

Foram analisados 111 questionários, sendo 43,8% médicos intensivistas pediátricos e 35,7% fisioterapeutas de UTIs Pediátricas, com maior representatividade das regiões Nordeste (47%) e Sudeste (30%). 69% entre a faixa etária de 30 a 50 anos. 8,9% dos participantes não tiveram o tema VNI abordado durante a formação profissional. A pronga nasal foi a interface mais utilizada e o capacete (Helmet) reconhecido por apenas 34% dos indivíduos, dos quais não houve nenhum relato de aplicação prática do mesmo. Dos respondentes, 81,3% relataram situações em que a VNI era indicada, mas que não era aplicada por ausência de interfaces, equipamentos e insumos. Um total de 70,5% apontou a limitação de interfaces como um desafio. Além disso, 92% acreditam que o desenvolvimento de novas interfaces beneficiaria os pacientes, e 51,4% consideram importante o desenvolvimento de uma interface do tipo capacete para pacientes pediátricos.

Conclusão

A VNI está se consolidando como uma prática relevante em pediatria, embora existam desafios relacionados à disponibilidade e ao conforto das interfaces atuais. Há um interesse no desenvolvimento de novas tecnologias, como capacetes, para aprimorar os resultados da VNI em pacientes pediátricos.