Dados do Trabalho

Título

Perfil bacteriológico e impacto da hemocultura positiva em idosos internados em unidades de terapia intensiva

Objetivo

Descrever o perfil bacteriológico de idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Métodos

Coletaram-se dados sociodemográficos (idade, sexo, tempo de internação, desfecho) e informações sobre microrganismos isolados em hemoculturas (gram-positivos, gram-negativos, resistência antimicrobiana). A análise estatística descritiva utilizou frequências absolutas e relativas, e os testes Pearson's Chi-squared, Wilcoxon-Mann-Whitney e Brunner-Munzel foram aplicados para análises inferenciais

Resultados

A amostra incluiu 123 pacientes, com idade média de 79,1 anos e tempo médio de internação de 60,4 dias. Óbito ocorreu em 52% dos casos. Entre os microrganismos isolados, 65,9% eram gram-negativos e 21,6% gram-positivos. As bactérias mais prevalentes foram Klebsiella pneumoniae (17%), Pseudomonas aeruginosa (14,8%) e Escherichia coli (12,5%). Meropenem (30,9%) e Piperacilina/Tazobactam (23,6%) foram os antimicrobianos mais utilizados.
O teste de Wilcoxon-Mann-Whitney indicou que não houve associação significativa entre idade e hemocultura positiva (p = 0,1918). No entanto, o Brunner-Munzel test revelou uma associação estatisticamente significativa entre o tempo de internação e a presença de hemocultura positiva (p = 0,0419). Apesar da tendência observada, a análise não encontrou significância estatística entre a presença de hemocultura positiva e os desfechos de óbito ou alta na UTI (p = 0,122).

Conclusão

O estudo destaca a predominância de infecções por bactérias gram-negativas e o uso frequente de antimicrobianos de amplo espectro, refletindo a complexidade das infecções em idosos na UTI. A associação significativa entre o tempo de internação e hemocultura positiva ressalta a necessidade de intervenções rápidas e eficazes para melhorar o manejo desses pacientes e reduzir o impacto das infecções,