Dados do Trabalho


Título

PROGNÓSTICO EM UTI: O QUE SE RELACIONA A MAIOR MORTALIDADE ?

Objetivo

Verificar a mortalidade em uma população de pacientes críticos e avaliar possíveis associações de variáveis demográficas e biomédicas com a ocorrência de óbito.

Métodos

Estudo prospectivo, com pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um Hospital Universitário público do Rio de Janeiro no período de 03/2022 a 07/2024. Foram coletados dados de importância clínica e a amostra foi separada em 2 grupos, de acordo com a ocorrência (G.I) ou não (G.II) de óbito. Utilizou-se o Teste do Qui-Quadrado de Fischer na comparação de variáveis categóricas e o Teste de Mann-Whitney para comparação de variáveis numéricas entre os grupos.

Resultados

Incluímos 737 pacientes, dos quais 164 morreram (22,3%). Não houve diferença do sexo entre os grupos (Mulheres = 52,9 x 47,1%). A idade foi maior no G.I (64,0±14,9 x 60,1±15,9 anos p=0,004). Dentre as comorbidades, a presença de cirrose hepática (5,5 x 1,9% p=0,025), infeção pelo HIV (20,7 x 7,3% p=0,0001) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (7,9 x 3,5% p=0,029) foram significativamente maiores no G.I. Pacientes com maiores valores no SAPS3 (71,3±18,2 x 41,6±14,7 p=0,0001) e os que evoluíram na UTI com sepse, insuficiência renal aguda (IRA), choque, necessidade de ventilação mecânica invasiva (VM), necessidade de aminas e infeções relacionadas a assistência em saúde (IRAS) apresentaram maior mortalidade.

Conclusão

Idade, cirrose hepática, infeção pelo HIV, DPOC, ocorrência de complicações da assistência em terapia intensiva (sepse, IRA, VMI e IRAS) e maiores valores no escore SAPS3 associaram-se a maior ocorrência de óbito.

Área

Índices Prognósticos

Autores

AUREO CARMO FILHO, ELBA DA PAIXÃO RODRIGUES CARAMURU SENA, VICTOR WALLACE DOMINGUES MENEZES, LUISA DE FRANÇA SANTANA, BÁRBARA ARAÚJO PEREIRA CABRAL, GIOVANNA FONTES MARCELINO, NATHALIA VITORIA ZACCA MACIEL NOGUEIRA, DANIELLA SILVA SOUZA