Dados do Trabalho


Título

OBESIDADE ALTERA O PROGNÓSTICO EM TERAPIA INTENSIVA?

Objetivo

Avaliar possíveis diferenças epidemiológicas e de morbimortalidade entre pacientes obesos e não-obesos internados no CTI HUGG.

Métodos

Estudo prospectivo, quantitativo, analítico, com pacientes consecutivamente internados em nosso CTI de março/2022 a julho/2024. Utilizou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para comparar variáveis categóricas e o Teste de Mann-Whitney para numéricas entre os grupos (G.I = obesos e G.II = não-obesos).

Resultados

Avaliamos 737 pacientes, sendo 42 obesos. Houve distribuição semelhante nos grupos em relação ao sexo (mulheres = 69,0 x 50,2%) e idade (61,4±12,4 x 61,0±16,0 anos). Em relação a comorbidades, observamos que dislipidemia (14,3 x 4,2% p=0,011), hipertensão arterial sistêmica (78,6 x 53,8% p=0,002) e fibrilação atrial crônica (16,7 x 2,4% p=0,0001) apresentaram diferença significativa entre os grupos. Não houve diferença na ocorrência de sepse, insuficiência renal aguda, delirium, tempo de internação em UTI (11,9±17,8 x 9,7±19,2 dias p=0,445) e mortalidade (22,9 x 11,9% p=0,125), assim como no saps3 (52,6±22,6 x 53,7±17,9 p=0,755).

Conclusão

Observamos somente diferenças epidemiológicas em relação a ocorrência de algumas comorbidades; hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e fibrilação atrial crônica apresentaram frequência maior entre os obesos. Não houve diferença da morbimortalidade entre os grupos.

Área

Epidemiologia

Autores

AUREO CARMO FILHO, ELBA PAIXÃO RODRIGUES CARAMURU SENA, ELEONORA BESSA WILLECKE, BERNARDO JOSÉ NUNES MACHADO EVANGELHO, ELIZABETH SOARES ALMEIDA, DENYS FELIPE PEREIRA RAMOS, EDUARDO COSTA TERRA, LEON VASCONCELLOS TELLES SILVA