Dados do Trabalho


Título

Dengue, Gravidez e colecistite alitiásica: análise da correlação numa UTI obstétrica do Rio de Janeiro

Objetivo

Principal: Analisar a correlacão de colecistite alitiásica em pacientes com dengue grave, internadas em uma UTI obstétrica do Rio de Janeiro. Comparar esta análise com as evidências da literatura recente.
Secundario: Mostrar a importância da Ultrassonografia (USG) abdominal e USG a beira leito nos casos graves de gestantes com dengue.

Métodos

Foram selecionadas gestantes que deram entrada na UTI Materno Fetal de um hospital obstétrico do Município do Rio de janeiro no período de março a maio/2024.
Foram internadas 12 pacientes neste período. Destas, 9 eram gestantes, 1 puérpera, 1 paciente com patologia ginecológica e uma após aspiração manual intrauterina (AMIU).

Resultados

Das 12 pacientes, 8 (66%) apresentavam sinais de gravidade, como plaquetopenia, aumento de transaminases e/ou sinais de sangramento. Destas 8, 6 (75%) apresentavam alterações ultrassonográficas para colecistite alitiásica.
Importante ressaltar que todas as pacientes apresentaram USG de abdome com vesícula biliar normal após a resolução do quadro de dengue.

Conclusão

A análise dos casos evidenciou que a associação da gravidez com colecistite alítiásica está relacionada com a evolução da dengue na forma mais grave e isso corrobora com os dados da literatura. Sabe-se que as alterações de permeabilidade capilar na gestante sao adaptações fisiologicas que estão nitidamente exacerbadas na dengue e um exame de rastreio (USG por exemplo) pode auxiliar nos fornecendo achados que possam ser utilizados como preditores de gravidade no diagnóstico de dengue grave, além de ajudar na melhor alocação destas pacientes seja em unidade de internação ou Unidade de terapia intensiva.

Área

Epidemiologia

Autores

Tatiane Fernandes Fonseca Gaban, Guilherme Paulo Torresini, Ana Flavia Domingos Aveiro Da Silveira, Chiara D’Andréa Ayres, Manuela Pastura Pereira, Carla Elias Lima, Leticia Filipelli Tedesco Muzi