Dados do Trabalho


Título

Cetamina vs etomidato na intubação orotraqueal em pacientes críticos: uma revisão sistemática

Objetivo

O objetivo deste artigo é comparar clinicamente, as drogas indutoras cetamina e etomidato, durante o procedimento de intubação orotraqueal (IOT) em pacientes críticos, visando a redução da mortalidade precoce e outras complicações envolvidas neste ato.

Métodos

Os bancos de dados: PubMed, Google Scholar, Scopus, Lilacs e Cochrane Library foram utilizados, para buscarmos por ensaios clínicos randomizados, desde janeiro de sua incepção até junho de 2024, os quais compararam cetamina com etomidato para intubação orotraqueal, em pacientes críticos. Os resultados avaliados foram: (1) mortalidade hospitalar; (2) hipotensão arterial pós intubação; (3) sucesso na primeira tentativa de intubação; (4) uso de drogas vasoativas (DVAs) pós intubação; (5) falência adrenal.

Resultados

Foram selecionados 5 ensaios clínicos randomizados, englobando 2.019 pacientes. A cetamina mostrou-se mais eficiente, na prevenção de mortalidade hospitalar (OR = 0,8 ; 95% CI: 0,65 - 1,02; p = 0,05) dos pacientes graves submetidos à IOT.
Entretanto, hipotensão foi menor menos frequente com o etomidato (OR = 1,14; 95%CI: 0,84-1,56; p = 0,38). Não houve diferença entre os 2 grupos nos indicadores de sucesso de IOT na primeira tentativa (OR: 1; 95%CI: 0,69-1,47; p =0,95). O uso de DVAs foi mais prevalente no etomidato (OR: 0,68; 95%CI: 0,55-
0,83; p = 0,0002). A falência adrenal foi mais frequente com etomidato (OR: 0,48; 95%CI: 0,36-0,65; p <0,0001).

Conclusão

Na amostra apresentada: IOT com cetamina demonstrou-se superior na prevenção da mortalidade hospitalar precoce, quando comparada ao etomidato. Isso também pode ser visto no uso de DVAs e falência adrenal. Entretanto, cetamina mostrou-se uma droga mais hipotensora.

Área

Choque e monitorização hemodinâmica

Autores

Lucas Bittar de Morais, Guilherme Requião Radel Neto, Renan Alecsander Costa, Carolina de Barros Cokkinos Keppler Silva, Whady Hueb