Dados do Trabalho
Título
CIRROSE HEPÁTICA IMPLICA EM MAIOR MORBIMORTALIDADE EM TERAPIA INTENSIVA?
Objetivo
Avaliar possíveis diferenças epidemiológicas e de morbi-mortalidade entre portadores de cirrose hepática ou não-portadores internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital universitário federal no município do Rio de Janeiro.
Métodos
Estudo prospectivo, quantitativo, analítico, com pacientes consecutivamente internados em nosso CTI de março de 2022 a julho de 2023. Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado de Pearson na comparação de variáveis categóricas e o Teste de Mann-Whitney para comparação de variáveis numéricas entre os grupos (G.I = portadores de cirrose hepática e G.II = não-portadores de cirrose hepática).
Resultados
Nossa amostra foi composta por 737 pacientes, sendo 20 portadores de cirrose hepática (2,7%).Não houve diferença significativa da idade, sexo ou presença de comorbidades entre os grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos na ocorrência de sepse, insuficiência renal aguda, pneumonia associada a ventilação mecânica ou delirium. Não observamos diferença do tempo de internação em CTI, mas o G.I apresentou maiores valores do escore SAPS3 (73,6±17,0 x 53,1±17,9 p=0,0001) e maior mortalidade (45,0x 1,6% p=0,025).
Conclusão
A presença de cirrose hepática mostrou relação com maior mortalidade em terapia intensiva.
Área
Epidemiologia
Autores
AUREO CARMO , ELBA PAIXAO RODRIGUES CARAMURU SENA, ELEONORA BESSA WILLECKE, ROGERIO GOMES FLEURY, Max Kopti Fakoury, CATIA FONSECA DO NASCIMENTO PEREIRA, LAURA PAIXAO RESENDE, PAULA BERARDINELLI BASTOS OLIVEIRA