Dados do Trabalho

Título

Necessidade de cuidados paliativos durante reabilitação em clínica de transição – perfil e fatores associados à inclusão de cuidados paliativos especializados no plano de cuidado

Objetivo

Caracterizar os fatores associados à inclusão de cuidados paliativos especializados no plano terapêutico de pacientes durante internação para reabilitação em unidade de cuidados pós-agudo.

Métodos

Coorte retrospectiva com pacientes admitidos para reabilitação em hospital de transição em Salvador/BA, de julho/2017 a abril/2023. A implementação de CP especializados foi o desfecho primário, delimitado pela restrição de recursos artificiais sustentadores de vida, em especial RCP, mantendo-se medidas preventivas do sofrimento e promotoras da qualidade de vida.

Resultados

Foram avaliados os dados de 1143 indivíduos admitidos para reabilitação. A incidência de cuidados paliativos no plano terapêutico durante internamento foi de 36% (415) e esses indivíduos apresentavam em média 79 anos e três comorbidades, em comparação com 65 anos e duas comorbidades no grupo daqueles em que não obtiveram esse desfecho. Comparando-se a variação entre a admissão e a alta em escalas objetivas, a média na Medida de Independência Funcional (MIF) foi de três pontos acrescidos (27-30) e de 23 pontos (49-72), respectivamente. Na escala de avaliação de força muscular (MRC), ambos se caracterizaram com fraqueza muscular grave, no entanto a variação foi de 04 pontos (28-32) no grupo desfecho e de 09 pontos (35-44) no grupo sem inclusão de cuidados paliativos especializados.

Conclusão

Observamos diferença entre o perfil de pacientes que não tiveram alinhamento de cuidados paliativos, tanto em relação às características clínicas iniciais quanto a evolução funcional ao longo do internamento . É importante ainda entender o perfil clínico desses grupos para que os profissionais tenham mais propriedade para alinhar os objetivos de cuidado.