Dados do Trabalho


Título

Estratégias de Comunicação de Morte por Critérios Neurológicos e Resposta afirmativa à Doação de Órgãos em Pediatria

Objetivo

A morte de um filho representa a quebra de um ciclo biológico e, por isso, existe um cenário de incerteza na discussão de doação de órgãos e tecidos. O objetivo do estudo é comprovar que a estratégia de comunicação estruturada em situações de morte por critério neurológico apresenta impacto positivo nas taxas de doação de órgãos.

Métodos

Implementamos uma técnica de comunicação estratificada em uma UTI pediátrica em um hospital referência em trauma em janeiro de 2024. A estratégia foi dividida em três momentos distintos: comunicação da morte, apoio emocional e informação sobre doação de órgãos, esta última realizada pela equipe especializada. Comparamos as taxas de doação de órgãos entre janeiro de 2022 e julho de 2024 para avaliar o impacto da estratégia utilizada.

Resultados

No ano de 2023, tivemos apenas 25% de sucesso na taxa de consentimento para doação de órgãos (oito diagnósticos de morte por critério neurológico e dois pacientes com consentimento familiar positivo). Em 2024, até o mês de julho, tivemos uma taxa de sucesso de 100% (4 diagnósticos de morte por critério neurológico, sendo uma criança sem possibilidade de doação e os outros três pacientes com consentimento familiar positivo).

Conclusão

Uma comunicação efetiva e estruturada pode aumentar os casos de assentimento a doação de órgãos, deixando como negativas somente os casos em que a doação não é condizente com os valores das famílias.

Área

Pediatria

Autores

Thaís Pereira de Oliveira, Verônica Ferreira Cury, Isabela Rufini Gonçalves, Camila Rodrigues Ribeiro, Brígida Martins Lima, Heraldo Rocha Valladão