Dados do Trabalho


Título

Sedação inalatória com isoflurano na Unidade de Terapia Intensiva: Experiência de um centro brasileiro.

Objetivo

Descrever a experiência e perfil de pacientes que utilizaram sedação inalatória com isoflurano em uma UTI.

Métodos

Revisão de prontuários de 17 pacientes que utilizaram isoflurano inalatório via dispositivo Sedaconda® (Sedana medical, Suécia) entre abril e agosto de 2024.

Resultados

A amostra incluiu 17 pacientes e 20 usos do dispositivos, sendo que 1 paciente utilizou o dispositivo em 3 ocasiões diferentes e 1 paciente utilizou em 2 ocasiões. Da população estudada, 12 (70,5%) eram homens, a média de idade foi de 71 ± 11,2 anos, índice de comorbidades de Charlson de 3,0 (2-3,5) e SAPS3 score na admissão de 58 ± 8,9. A admissão foi predominantemente clínica (57,9%). Em 68,4% dos casos, o isoflurano inalatório foi iniciado após a intubação. Em 18 ocasiões, foi associada analgesia endovenosa contínua com fentanil em 55,5% dos casos e cetamina em 44,5%. Em 3 pacientes, utilizou-se cisatracúrio em infusão contínua. A mediana de tempo de uso do isoflurano foi de 2,0 (1-3,5) dias, e o tempo de ventilação mecânica foi de 4,0 (2,7-4,5) dias. Foram relatados 5 eventos adversos, que levarão à suspensão do sedativo inalatório. Destes casos, 1foi relacionado à problemas com bomba de infusão, 1 caso devido falha sensor de fração expirada do isoflurano, 1 caso por suspeita de hipertermia maligna, e 2 casos devido à hipotensão atribuída ao sedativo.

Conclusão

O uso do sedativo inalatório com o dispositivo Sedaconda® é viável na UTI, mas exige o desenvolvimento de protocolos multidisciplinares e a aquisição de equipamentos específicos.

Área

Neurointensivismo

Autores

Fernando Jose da Silva Ramos, Renan Reverete, Mauricio Henrique Claro dos Santos, Eduardo Leite Vieira Costa, Amanda Ribeiro Leite Furlan, Marcela Luzia Oliveira, Clara E 1 Santos, Larte Pastore Junior