Dados do Trabalho


Título

Associação do doppler transcraniano com o tempo de duração do protocolo de morte encefálica

Objetivo

Analisar se o uso do doppler transcraniano como método complementar para a conclusão do protocolo de morte encefálica (ME) pode estar associado a um menor tempo de duração do protocolo.

Métodos

Estudo transversal composto por 179 pacientes com protocolos de ME concluídos entre o período de 2017 a 2023 em um hospital grande porte em Belo Horizonte. Os pacientes foram separados entre dois grupos: grupo “Doppler” (DP) e “Não doppler” (NDP) (eletroencefalograma e arteriografia).

Resultados

DP com 142 pacientes com maioria de homens (60,56%) e o NDP com 37 pacientes com maioria de mulheres (54,05%). A média de idade em anos no DP foi 54,8 (sd 12,4) e no NDP 51,6 (sd 11,1). A HAS foi a comorbidade mais prevalente, DP 54,23% e NDP 45,95%. Seguidos do tabagismo (22,54% e 21,62%) e a diabetes mellitus (15,49% e 16,22%). O AVE hemorrágico e HSAE, foram os principais diagnósticos de abertura do protocolo, 59,15% no grupo DP e 78,38% no grupo NDP. A mediana do tempo de duração do protocolo em horas no DP foi 6,6 (Q1 =1,8; Q3 =18,2) e no NDP 31,8 (Q1= 19,5 ; Q3=56,9) com diferença estatística significativa (p=0,0001). A mediana do tempo de internação no CTI em dias no DP foi 2 (Q1=4 ; Q3 =7) e no NDP 5 ( Q1= 3 ; Q3= 9) também diferença estatística entre os grupos com p < 0,012.

Conclusão

O uso do doppler transcraniano pode estar associado a um menor tempo de conclusão do protocolo de ME e de internação no CTI.

Área

Neurointensivismo

Autores

MATHEUS RABELO DE FREITAS, ANDRÉ FERREIRA DE LIMA, CERISE FRADE AZEREDO COUTINHO