Dados do Trabalho
Título
Análise descritiva dos casos de Fibrilação Atrial no sudeste do Brasil: dados de 2022 e 2023
Objetivo
Este estudo tem como objetivo realizar uma abordagem descritiva dos dados sobre fibrilação atrial no sudeste do Brasil durante os anos de 2022 e 2023, com o intuito de identificar possíveis causalidades e desfechos evitáveis. Observou-se uma escassez de estudos relevantes na literatura, apesar das altas taxas de incidência e prevalência, o que destaca a necessidade de mais pesquisas para melhorar o desfecho epidemiológico no país.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo baseado em dados secundários provenientes do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DAENT) do DATASUS. Foram analisados dados referentes a casos de fibrilação atrial entre 2022 e 2023, com foco na frequência relativa e absoluta, perfil epidemiológico e manejo da condição em ambientes hospitalares.
Resultados
Entre 2019 e 2023, foram registradas 335.317 internações por fibrilação atrial e flutter atrial no Brasil. Os dados mostram que a região Sudeste apresenta o maior número de desfechos desfavoráveis e prematuros, acumulando aproximadamente 48,2% dos casos no país em 2023. A mortalidade por fibrilação atrial cresceu de forma constante no Sudeste, com 86% dos desfechos ocorrendo em ambientes hospitalares.
Conclusão
Os resultados indicam um aumento contínuo nas mortes por fibrilação atrial no Sudeste do Brasil entre 2019 e 2023. A alta mortalidade sugere possíveis deficiências no manejo e na disponibilidade de recursos nos centros de saúde avançados. Estes dados ressaltam a necessidade de aprimoramento nas práticas de tratamento e na preparação dos profissionais de saúde para enfrentar a fibrilação atrial de forma mais eficaz.
Área
Epidemiologia
Autores
Leandro Silva Oliveira, Marilia Capellani, Liz Maria Pilla Boeira, Maria Cristina Brandão, Jhon Pedro Sleutjes