Dados do Trabalho


Título

Estudo prospectivo, randomizado e controlado sobre os efeitos hemodinâmicos e metabólicos do azul de metileno no choque séptico.

Objetivo

Determinar se a administração de azul de metileno (MB) em pacientes na fase inicial do choque séptico leva a redução do uso de vasopressores em comparação ao grupo Controle.

Métodos

Trata-se de um ensaio clínico randomizado 1:1 de dois grupos (MB e Controle). Ambos os grupos tiveram acesso ao tratamento padrão, composto por reposição volêmica, vasopressores e antibioticoterapia. Os pacientes receberam dose de ataque de MB (3 mg/kg) infundido em 20 minutos e manutenção (0,5 mg/kg/h), por 48 horas, no momento da indicação do segundo vasopressor. Doses de vasopressores, resultados de exames laboratoriais, níveis de citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias e monitoramento hemodinâmico com a plataforma EV1000®️ (VolumeView®️ e Presep®️) foram registrados antes da infusão de MB (T1), após 20 minutos (T2), 2 horas (T3), 24 horas (T4), 48 horas após o início da infusão (T5) e 24 horas após o desmame (T6).

Resultados

A terapia com MB foi iniciada em conjunto com a indicação da vasopressina (VAS) como segundo vasopressor. O grupo MB apresentou redução imediata na dosagem de noradrenalina (NOR), redução mais precoce na dosagem de VAS e maiores níveis de IL-10 em comparação ao grupo Controle.

Conclusão

A terapia com MB, combinada com o tratamento padrão, reduziu precocemente a dose de vasopressores em comparação com o tratamento convencional. A infusão contínua de MB por 48 horas foi segura, sem impacto negativo na extração de oxigênio, hemodinâmica ou lactato. MB também modulou mediadores inflamatórios e níveis de nitrato, destacando seu potencial como opção adjuvante no choque séptico.

Área

Sepse

Autores

Fábio Luis da Silva, Joaquim Pedro Brito de Sousa, Ismael Artur Costa Rocha, Leandro Moreira Peres, Guilherme Mayrink Teixeira, Olindo Assis Filho, Mayra Gonçalves Menegueti, Maria Auxiliadora Martins