Dados do Trabalho
Título
Análise das investigações de óbitos ocorridos em uma Unidade de Terapia Intensiva Geral
Objetivo
Analisar características demográficas e assistenciais dos óbitos ocorridos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com perfil de clínica médica geral de um hospital particular.
Métodos
Estudo transversal com uso de dados secundários. A pesquisa foi realizada em uma UTI geral de dez leitos, pertencente a um complexo hospitalar privado no período de janeiro a junho de 2024. Foram analisados os formulários de investigação de óbito preenchidos pelos médicos diaristas da UTI, que utilizam o Protocolo de Londres para classificar a evitabilidade do óbito.
Resultados
Foram registrados 44 óbitos na UTI. Na instituição, a taxa de mortalidade hospitalar foi de 3,3%, enquanto na UTI foi 13,9%. A mortalidade esperada para o período era de 25,5, mas a mortalidade real observada foi de 13,9, resultando em uma taxa de mortalidade padronizada de 0,57. Dos 44 óbitos, 8 (18%) ocorreram nas primeiras 24 horas de internação, enquanto 36 (82%) aconteceram após esse período. Dentre os pacientes, 26 (59%) eram mulheres e 18 (41%) homens, com idade média de 75 anos (mínimo: 17; máximo: 96). As causas mais comuns de morte incluíram septicemia (15/44; 34%) e diferentes tipos de choque (7/44; 16%). Das avaliações realizadas, 29 foram concluídas, sendo 28 classificadas como “justificadas” e 1 como "não esperada". Outras 15 estavam pendentes.
Conclusão
As causas de morte mais frequentes da UTI foram septicemia e choque, com destaque para pacientes em cuidados paliativos. A maioria dos óbitos foi classificado como "justificado", evidenciando o comprometimento da equipe assistencial na gestão de cuidados intensivos e otimização dos desfechos clínicos.
Área
Segurança, qualidade e gestão
Autores
Bruno Felipe Novaes Souza, Dannilo Rafael Bezerra Carmo, Antonio Gonçalves Oliveira, Fernando José Barbosa Cruz, Marcel Rolland Ciro Penha, Claudia Cristina Lira Santana, Eduardo Couto Campelo, Aline Fátima Sales