Dados do Trabalho


Título

Síndrome de ativação macrofágica secundária à infecção por dengue grave: relato de caso

Descrição do caso

L.C.G.S. 15 anos, 54 kg, previamente hígida, admitida por quadro de dengue grave em fase de extravasamento complicada com menorragia, epistaxe, dor abdominal e derrame pleural. Após período afebril, evoluiu com retorno da febre, piora laboratorial e do derrame pleural. Iniciado tratamento antimicrobiano para pneumonia secundária. Após 5 dias de antibiótico teve manteve febre e foi ampliado o espectro.
Apresentou hepatoesplenomegalia, ascite, derrame pericárdico, pancitopenia, aumento de fibrinogênio, ferritina, dímero-D e triglicerídeos. Fechando critérios para síndrome de ativação macrofágica (SAM) HScore 99%. Realizado pulsoterapia 5 dias e mantido ainda com antibiótico de amplo espectro por 10 dias no total. Evoluiu com melhora clínica, radiológica e laboratorial.
A dengue é uma doença altamente prevalente no Brasil. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, disponibilizado em janeiro de 2023, até o ano de 2022 ocorreram 1.450.270 casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes) no país. Sabe-se que o vírus da dengue têm tropismo por células fagocitárias, as quais são os maiores sítios de replicação viral.
A SAM, é uma complicação das doenças inflamatórias sistêmicas, podendo também estar relacionada a neoplasias, imunodeficiências e a uma variedade de infecções por agentes virais, bacterianos e fúngicos. Caracteriza-se pela excessiva ativação dos macrófagos e histiócitos com intensa hemofagocitose na medula óssea e no sistema retículo-endotelial, acarretando a fagocitose de eritrócitos, leucócitos, plaquetas e de seus precursores

Área

Pediatria

Autores

Natália Bueno Spicacci, Marley Santos Nascimento, Fernanda Arantes Alves Dornelas, Fernanda de Oliveira César, Camila Menezes Rocha, Kamyla Soares Oliveira, Marco Antônio Junqueira Bersani, Adna Sirley Ferreira Moreno