Dados do Trabalho


Título

Evolução dos parâmetros de coagulação no choque séptico: análise em pacientes com sepse e choque séptico 1.0 e 3.0.

Objetivo

Analisar o perfil de coagulação de pacientes de acordo com critérios sepse 1.0 e sepse. 3.0 da Campanha Sobrevivendo à Sepse.

Métodos

Análise post hoc de dados de 37 pacientes com sepse admitidos em UTI do Hospital Erasme de Bruxelas em 2000 e classificados nos grupos sepse e choque séptico 1.0, sepse e choque séptico 3.0. Contagem de plaquetas, Fibrinogênio, Fator V, Antitrombina III, Tempo de Protrombina (TP), e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), Complexo Trombina-Antitrombina (TAT), fibrina solúvel, Fragmento protrombina 1+2 foram obtidos nos 3 primeiros dias do diagnóstico. Análise estatística foi realizada com testes de Kruskal Wallis ou Qui-quadrado.

Resultados

A taxa de mortalidade foi 7,1% na sepse 1.0, 26% no CS 1.0, 12, 5% na sepse 3.0 e 31% no CS 3.0. SOFA total e SOFA coagulação foram significativamente mais elevados no CS em comparação a sepse, nas duas versões. Todos os casos de CIVD franca ocorreram no CS 1.0 (n=6) enquanto na classificação 3.0 foram 3 casos na sepse e 3 no CS. Prolongamentos do aPTT foram mais evidentes no CS 1.0 e do TP nas duas classificações. O declínio de fibrinogênio, plaquetas e AT III foi mais evidente no CS 1.0, enquanto a queda do FV foi mais significativa no CS 3.0

Conclusão

Parâmetros sensíveis de formação de fibrina e ou fibrinólise se alteraram significativamente na fase inicial do choque séptico em ambas as classificações.

Área

Choque e monitorização hemodinâmica

Autores

Julio Campos Brito Figueiredo, Mayara Akemi Hanaoka Din, Ricardo Borzani Dessimoni, Enzo Cherobim Malucell Cherobim Malucell, Francisco Marques Lobo Marques Lobo, Suzana Margareth Lobo, Jean Louis Vincent