Dados do Trabalho

Título

Estratégias de Manejo da Hipercalemia em um Hospital Público Terciário: análise retrospectiva.

Descrição do caso

Este estudo tem como objetivo avaliar os medicamentos utilizados por pacientes com hipercalemia e descrever o manejo de tal condição em um hospital universitário de nível terciário.
Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos pelo serviço de cardiologia (enfermaria e unidade de terapia intensiva cardiológica) em um hospital universitário de nível terciário no estado do Paraná. Os dados de exames laboratoriais e prescrições referentes ao período de agosto de 2022 a julho de 2023 foram obtidos através da base de dados dos sistemas informatizados da instituição.
Foram incluídos 81 pacientes, totalizando 258 episódios de hipercalemia. Dos participantes, 58% eram do sexo masculino, com média de idade de 61,9 ± 16,0 anos. As condições clínicas mais comuns foram diabetes mellitus, insuficiência cardíaca e injúria renal. Em 48% dos casos, a hipercalemia esteve associada ao uso de medicamentos que alteram os níveis séricos de potássio. A espironolactona foi o fármaco mais frequentemente relacionado ao aumento do potássio, seguida pelo enalapril.
Os principais esquemas terapêuticos para o manejo da hipercalemia incluíram, em ordem de frequência: hemodiálise, suspensão de medicamentos, furosemida endovenosa, furosemida oral, solução de glicose e insulina, salbutamol em aerossol e hidroclorotiazida. Em alguns casos, foram utilizadas combinações de até três dessas intervenções terapêuticas.
A hipercalemia foi frequentemente associada ao uso de medicamentos como espironolactona e enalapril. O manejo combinando diferentes intervenções mostrou-se prevalente para evitar complicações graves, destacando a necessidade de otimização dos esquemas terapêuticos.