Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica da mortalidade por fibrilação atrial e flutter nas regiões brasileiras no último decênio.

Objetivo

Analisar o perfil da mortalidade por fibrilação atrial e flutter no Brasil no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2022.

Métodos

Estudo ecológico, descritivo, retroativo e transversal, pautado na plataforma nacional de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) e em informações do perfil de mortalidade no território brasileiro. Foram considerados as variáveis cor/etnia, sexo, faixa etária e taxa de mortalidade entre janeiro de 2013 e dezembro de 2022.

Resultados

No Brasil, entre 2013 e 2022, foram notificados 41.006 óbitos de pacientes com flutter e fibrilação atrial. O ano de 2022 registrou o maior número de óbitos, representando 13,87% do total, enquanto 2013 teve o menor número, com 7,12%. A região Sudeste contempla 51,57% dos óbitos, seguida pela região Sul com 21,93%, Nordeste com 16,09%, Centro-Oeste com 6,92% e Norte com 3,47%. Em relação ao sexo, 56,68% dos óbitos corresponde ao sexo feminino e 43,29% do sexo masculino. Em termos de faixa etária, a maior parcela de óbitos ocorreu entre indivíduos com 80 anos ou mais (51,98%) e 70 a 79 anos (27,32%), respectivamente.

Conclusão

Os dados obtidos mostram que a Região Sudeste registrou um número de óbitos superior ao das demais regiões. Isso pode ser explicado pela maior notificação de casos e óbitos, associada a uma infraestrutura de saúde mais desenvolvida. Além disso, observa-se uma maior taxa de mortalidade entre o sexo feminino e nas faixas etárias mais avançadas, possivelmente devido a comorbidades como diabetes melito, insuficiência cardíaca, valvopatias cardíacas ou doenças pulmonares.

Área

Epidemiologia

Autores

Mariana Jesus Andrade, Elis Natyelle Moraes, Wesley Jesus Batista