Dados do Trabalho
Título
Desafios na Estimativa do Gasto Energético em Pacientes Críticos: Quando a Fórmula de Bolso Falha
Objetivo
Este estudo tem como objetivo comparar a correlação entre a fórmula de bolso e a calorimetria indireta para estimativa do gasto energético em pacientes críticos, estratificados em três grupos de IMC: ≤ 25, entre 25 e 30, e > 30. O estudo avalia duas hipóteses principais: 1) pacientes com IMC > 30 têm suas necessidades calóricas subestimadas pela fórmula de bolso; 2) pacientes com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) apresentam estimativas erráticas devido à ausência de diretrizes específicas.
Métodos
Analisamos dados de calorimetria indireta coletados ao longo de um ano em pacientes críticos. As medições de calorimetria indireta foram realizadas no terceiro dia de internação. A análise incluiu a correlação entre os dois métodos de estimativa em três estratos de IMC: IMC ≤ 25, IMC entre 25 e 30, e IMC > 30. As correlações foram calculadas utilizando o coeficiente de Pearson.
Resultados
Os resultados demonstraram correlação fraca entre a fórmula de bolso e a calorimetria indireta nos estratos de IMC ≤ 25 e entre 25 e 30, com coeficientes de 0.151 e -0.014, respectivamente. No grupo com IMC > 30, observou-se uma correlação moderada (0.283), sugerindo subestimação das necessidades calóricas neste grupo pela fórmula preditiva.
Conclusão
Os achados sugerem que a fórmula de bolso pode não ser adequada para estimar o gasto energético em pacientes críticos, especialmente em pacientes com sobrepeso e obesidade. A utilização de calorimetria indireta pode ser preferível para otimizar a oferta calórica e melhorar os desfechos clínicos nesses pacientes.
Área
Suporte Nutricional, Metabólico e Renal
Autores
Gustavo Gouvea de Freitas, Haroldo Ramos Falcao, Claudio davila da Rocha, Viviane Magalhaes Ludtke