Dados do Trabalho
Título
Atuação do farmacêutico clínico para troca de via medicamentos endovenosos para via oral em paciente de unidade de terapia intensiva
Objetivo
Avaliar aceitabilidade médica e os medicamentos relacionados as intervenções de otimização de troca de via (endovenosa para via oral), em pacientes de terapia intensiva.
Métodos
Estudo descritivo, retrospectivo, realizado em unidades de terapia intensiva adulto, em hospital de alta complexidade da cidade de São Paulo no período de janeiro a junho de 2024. As intervenções foram registradas em prontuário eletrônico e extraídas através de relatórios. Os dados foram analisados com estatística descritiva através de planilha de excel.
Resultados
No período de janeiro a junho de 2024, foram realizadas 783 intervenções para a otimização da via de administração de medicamentos endovenosos para via oral. Dessas 89,9% foram aceitas pela equipe médica. As intervenções não aceitas estavam relacionadas a antimicrobianos e inibidores bomba de prótons. Nesse período, houve uma média de 130 intervenções/mês (mínimo 89 e máximo 161). Das 783 intervenções, 71% dessas estavam relacionadas à inibidores de bomba de prótons e 9,9% a antimicrobianos. O principal medicamento envolvido foi o Pantoprazol. O custo evitado com as intervenções foi R$ 33.735,00.
Conclusão
A maiorias das intervenções de troca de via realizadas pelos farmacêuticos na unidade de terapia intensiva foram aceitas, principalmente envolvendo os inibidores de bomba de prótons. Percebe-se menor adesão em relação troca de via de antimicrobiano, pode estar relacionado fatores como condição clínica do paciente, conhecimento técnico do farmacêutico e medicamentos contraindicado por sonda nasoenteral. A otimização de via proporciona menor risco de eventos relacionados a terapia endovenosa, menor custo (considerando a via oral) e menos utilização de dispositivos invasivos.
Área
Segurança, qualidade e gestão
Autores
Daiane Aparecida Silva, Janbison Alencar Santos, Daniani Costa Baldani Wilson