Dados do Trabalho


Título

LACTATO E SVCO2 NO PÓS-OPERATÓRIO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO: COORTE RETROSPECTIVA

Objetivo

Analisar associação das variáveis oxigênio-derivadas com mortalidade aos 90 dias em pacientes submetidos a transplante hepático.

Métodos

Estudo retrospectivo em uma amostra de conveniência de adultos submetidos ao transplante hepático. Foram excluídos retransplante na mesma internação ou submetidos a transplante hepático por hepatite fulminante. As variáveis oxigênio-derivadas, lactato, Saturação venosa central de oxigênio (SvcO2), Diferença veno-arterial de CO2, assim como excesso de base (BE), foram obtidos à admissão em UTI foram analisadas. O desfecho primário foi a mortalidade aos 90 dias. Os testes U de Mann Whitney e Chi-quadrado foram usados.

Resultados

Foram analisados 447 pacientes. Mediana de idade foi 56 (48 - 61) anos e MELD 19 (14-23). Comparando se as medidas da admissão na UTI o lactato sérico foi significativamente mais elevado em não sobrevivente (4.82 mEq/L) do que em sobrevivente (3,4 mEq/L) e a SvcO2 foi significativamente menor (76% vs. 84%, respectivamente) (p< 0,05 para todos). Associação entre Lactato aumentado na admissão na UTI e chance de óbito aos 90 dias foi RC 1,13 (IC 95% 1,03 - 1,23), p= 0,007 e da SvcO2 RC 0,95 (IC 95% 0,93 - 0,97), p <0.001.

Conclusão

Aumento dos níveis de lactato, alterações do SvcO2 e alargamento da Pv-aCO2 são observados nas diferentes fases do transplante e importantes para guiar o manejo hemodinâmico, particularmente lactato e SVcO2 na fase pós-operatória.

Área

Suporte Perioperatório, Transplante e Trauma

Autores

Luana Fernandes Machado, Lívia Pereira Miranda Prado, Graziela Denardin Luckemeyr, Karla Veronica Spaca Millani , Wilson Hiromitsu Yamakawa Ikeda, Suzana Margareth Ajeje Lobo