Dados do Trabalho

Título

Práticas farmacológicas e não farmacológicas no controle da dor em pacientes pediátricos com queimaduras graves

Objetivo

Identificar as práticas farmacológicas e não farmacológicas utilizadas no controle da dor em pacientes pediátricos com queimaduras graves.

Métodos

Estudo de revisão integrativa utilizando as bases de dados Pubmed/Medline, BVS, TheBMJ, Cochrane, Lilacs e Scielo para a pesquisa de estudo publicados de 2019 a 2024. Os termos de busca foram “burn”, “child” e “analgesia”.

Resultados

No total, 262 estudos foram identificados nas bases de dados selecionadas; 26 estudos foram elegíveis e incluídos na síntese qualitativa. Intervenções não farmacológicas para analgesia foram descritas em 14 (n=53%) estudos, abrangendo realidade virtual (n=9), distrações visuais e auditivas (n=3) e jogos interativos e imersivos (n=2). Entre esses estudos, 42% (n=11) demonstraram uma melhora do escore da dor, enquanto 11% (n=3) não reduziram significativamente o escore de dor dos pacientes pediátricos. As intervenções farmacológicas, isoladas ou combinadas predominantes nos estudos incluíram morfina (n=5), benzodiazepínicos (n=3), cetamina (n=4), dexmedetomidina (n=2), propofol (n=1) e antiflamatórios não estereoidais (n=4). A combinação de intervenções farmacológicas e não farmacológicas resultou em uma redução significativa do uso de opióides, bem como intensidade da dor, ansiedade e medo dos pacientes pediátricos (n=5; 19%).

Conclusão

As intervenções farmacológicas continuam demonstrando seus benefícios na redução da dor em pacientes pediátricos com queimaduras graves, enquanto a combinação com tratamentos farmacológicos reduziu a intensidade da dor e o uso de opióides, além de proporcionar um ambiente mais acolhedor e menos traumático. As evidências ressaltam a importância de promover o conforto, a recuperação dessas crianças, e melhorar a qualidade do atendimento nos serviços de saúde.