Dados do Trabalho


Título

Complicações na HSA: experiência com 450 casos atendidos 6 anos em centro de referência no Sul do Brasil

Objetivo

Embora a Hemorragia Subaracnóide (HSA) seja doença vascular cerebral menos frequente, está associada a um risco não desprezível de morte e desfecho funcional desfavorável.

Métodos

Realizada análise retrospectiva de banco de dados prospectivo de pacientes internados com HSA no Hospital Cristo Redentor (Porto Alegre-RS) entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2023. Além da descrição das características dos pacientes, estão as principais complicações ao longo da internação e desfecho a longo prazo pela escala de Rankin modificado (mRK).

Resultados

Dos 452 casos de HSA atendidos em 6 anos, 83% foram encaminhados de outro centro. A média de idade foi 55 anos (DP 13); sendo ⅔ mulheres. Em 30% dos casos, a HSA era de alto grau (WFNS 4 e 5) e 82% dos casos tinham causa aneurismática. A clipagem cirúrgica foi realizada em 63% dos casos, embolização em 9%, e 28% não receberam tratamento. As complicações mais frequentes foram hidrocefalia em 55,8%, ventriculite ou meningite em 19,9%, isquemia cerebral tardia em 17,3%, convulsão ou status não convulsivo em 11,5% e ressangramento em 9,3% dos pacientes. Cerca de 11,7% tiveram cuidados paliativos. A mortalidade hospitalar foi de 30%, 43% apresentaram bom desfecho funcional na alta (Rankin modificado ≤ 3) e 33% em 12 meses.

Conclusão

As taxas de complicação estão de acordo com a literatura. Apesar de ser hospital público, com complicações e gravidade não desprezíveis, 1/3 apresenta bom desfecho funcional em 1 ano.

Área

Neurointensivismo

Autores

Lucas Goulart Antunes, ⁠Lílian Rodrigues Henrique, Liliane Ghi Mei Law, Janaína Hartmann Blank, Felipe Pereira Furtado, Maria Julia Queiroz Piai, Carla Bittencourt Rynkowski